segunda-feira, janeiro 29, 2007

Sticky Fingers - Rolling Stones (1971)


Sexo, drogas e rock'n'roll. Haveria forma melhor de compensar o longo hiato que eu e o Alexandre impusemos ao Deadmen? Creio que não. E retomo este blog com um disco canônico. O álbum número 15 na discografia oficial desta lenda viva (literalmente) da música universal. Sticky Fingers é um marco na história dos Stones. Para começar é o disco onde Mick Taylor estréia oficialmente. Chamado para substituir Brian Jones, que havia deixado a banda em 1969, ele participara de algumas canções em Let It Bleed (1969), mas é neste álbum que ele passa oficialmente a fazer parte dos Stones. Egresso da John Mayall's Bluesbreakers, Taylor, coincidentemente ou não (creio que não), faz parte da fase onde o Blues aparece com mais força nas composições da dupla Jagger/Richards. Claro, o Blues sempre fez parte da musicalidade da banda. Basta ouvir os primeiros trabalhos recheados de covers de Blues, excelentes, vale ressaltar. Essa fase tem duas obras-primas: este álbum e o seguinte, o duplo Exile On Main Street (1972). Mas, voltemos a Sticky Fingers. O álbum já começa a instigar pela capa, propositalmente sexual, que provocou comoções na sociedade à época. A capa, todavia, é só o começo. O álbum inteiro orbita na tríade citada no início deste post. Sexo, drogas e rock'n'roll são a alma desta obra. Os temas permeiam todas as músicas. Para citar çlássicos incontestes, indico a audição atenta de Brown Sugar, Sister Morphine, Wild Horses (minha predileta neste álbum) e Can't You Hear Me Knocking, com sua guitarra eternizada nos ouvidos de qualquer ouvinte de rock que se preze. Recomendo ainda I Got The Blues e Dead Flowers. Uma obra primorosa de uma banda única por incontáveis motivos. Um disco para ser ouvido, bebido prazeirosamente, sorvido em doses inumeráveis. Você pode ouvi-lo totalmente sóbrio, porém garanto que após alguns pontos percentuais de álcool misturads ao sangue ele soa muito melhor. Se estiver bem acompanhado(a), então, falar o quê? Para se arrepiar, para gritar, para sentir todo o prazer que a música pode proporcionar. E lhe garanto, leitor(a): não é pouca coisa.